Chegamos à Junta. Aquilo ali parecia um beco sem saída, lotado de gente. Era incrível: tinha preto, branco, amarelo, até azul, tudo junto numa fila que se enroscava em si mesma. Seria uma utopia realizada, se não fosse o lugar nem o motivo para estarem juntos.
Meu tio entrou como se fosse da casa com aquele típico sorriso de homem público visitando a comunidade. Ás vezes me pergunto se ele tinha esse sorriso por natureza ou se seguia bem os ensinamentos de Maquiavel, patrono da política. Pra ser sincero, acho que ele era e parecia ser uma pessoa sorridente; já feliz é outra estória.
Já eu procurei um buraco no chão pra me esconder. Falhei miseravelmente.